Mercado imobiliário catarinense valoriza acima da média

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03.12.2024 às 14:53


O mercado imobiliário em Santa Catarina valorizou no primeiro semestre de 2024. Nesse período, o preço médio da venda de imóveis residenciais seguiu a trajetória de alta, embora com um ritmo mais lento neste ano. Ainda assim, a média catarinense superou a brasileira.

Veja os destaques do mercado imobiliário em Santa Catarina:

  • seis entre sete cidades catarinenses cresceram acima do patamar nacional;
  • Itajaí teve o maior crescimento em SC nos primeiros seis meses de 2024;
  • quatro das cinco cidades com o metro quadrado mais caro são do Estado;
  • enquanto isso, o setor de construção catarinense gerou mais de 10 mil vagas.

Acompanhe a análise completa do Negócios SC adiante.

Panorama do mercado imobiliário no primeiro semestre de 2024

A venda de imóveis novos no Brasil teve neste ano o melhor resultado em uma década, segundo o indicador ABRAINC-Fipe. O setor registrou um crescimento de 43,1% no acumulado de 12 meses até março de 2024.

Já em relação ao preço médio dos imóveis residenciais, a alta acumulada no ano é de 3,54%. Isso é o que revela o Índice FipeZAP, que acompanha os valores de venda de apartamentos prontos em 50 cidades brasileiras, incluindo sete em Santa Catarina. São elas: Balneário Camboriú, Blumenau, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Joinville e São José.

As cidades catarinenses, mais uma vez, despontaram no quesito valorização imobiliária. Apenas Balneário Camboriú teve um crescimento acumulado no primeiro semestre abaixo da média brasileira. Esse movimento já é observado desde 2023 na cidade, quando o preço dos imóveis começou a desacelerar após se consolidar com o metro quadrado mais caro do País.

Itapema seguiu essa tendência de desaceleração. A cidade tem hoje o segundo metro quadrado mais caro, mas o percentual de crescimento caiu a quase um terço do primeiro semestre de 2023.

A única exceção entre as cidades catarinenses é Joinville. Enquanto o mercado imobiliário do litoral teve uma valorização acelerada, acima dos 20%, os preços em Joinville têm aumentado com maior consistência. Se no acumulado de 12 meses até junho de 2023 a alta era de 8,67%, no mesmo período até junho de 2024 o resultado foi de 11,50%. Como comparação, os números de Balneário Camboriú foram de 22,41% e 6,19%, respectivamente.

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A venda de imóveis no Brasil teve um resultado recorde em 2024. (Foto via Freepik)

Preços médios da venda de imóveis residenciais em Santa Catarina

Agora vamos olhar em detalhes para a valorização do mercado imobiliário catarinense. No primeiro semestre de 2024, as maiores altas foram registradas nas cidades de Itajaí, São José e Blumenau. Como comentamos, elas ficaram acima da média brasileira de +3,56%.

Valorização do mercado imobiliário catarinense no 1º semestre:

  • Itajaí: +6,60%
  • São José: +5,84%
  • Blumenau: +5,36%
  • Florianópolis: +5,12%
  • Joinville: +5,10%
  • Itapema: +3,84%
  • Balneário Camboriú: +3,42%

Em junho deste ano, Santa Catarina ainda teve quatro das cinco cidades com o metro quadrado mais caro no Brasil. Apenas Vitória (ES), na terceira posição geral, interrompe a sequência de cidades catarinenses no topo da lista.

Preço médio do metro quadrado em Santa Catarina:

  • Balneário Camboriú: R$ 13.259
  • Itapema: R$ 12.962
  • Florianópolis: R$ 11.340
  • Itajaí: R$ 11.284
  • São José: R$ 7.590
  • Joinville: R$ 6.940
  • Blumenau: R$ 6.536

Outro dado interessante do Índice FipeZAP é que Florianópolis tem o décimo bairro com o metro quadrado mais caro entre as capitais brasileiras. O bairro Agronômica registrou um valor médio de R$ 14.093 por metro quadrado para a venda de imóveis residenciais. Na frente dele estão quatro localidades de São Paulo (SP), três de Rio de Janeiro (RJ) e duas de Belo Horizonte (MG).

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Mercado imobiliário aquecido gera empregos na construção

Como vimos, o mercado imobiliário em Santa Catarina continua aquecido. Isso impulsiona a geração de empregos na construção civil. 

Observatório FIESC salienta que o Estado teve um saldo de 10.482 novos postos de trabalho com carteira assinada entre janeiro e maio de 2024. Esse foi o sexto melhor resultado entre as unidades federativas do País, de acordo com o Novo Cadastro Geral de Empregados e Desempregados (Novo Caged).

Itapema foi a cidade que mais gerou oportunidades na construção até maio. A cidade com 75 mil habitantes abriu mais de 1,4 mil vagas no setor.

Veja a lista das cidades que mais abriram vagas na construção até maio:

  1. Itapema: 1.418
  2. Balneário Camboriú: 890
  3. Joinville: 705
  4. Chapecó: 579
  5. Nova Trento: 527
  6. Itajaí: 460
  7. Palhoça: 401
  8. Camboriú: 373
  9. Porto Belo: 369
  10. Blumenau: 365

Itapema, que lidera a geração de empregos na construção em 2024, ainda soma o segundo maior contingente de trabalhadores do setor em Santa Catarina. São 9.621 pessoas empregadas no município em atividades relacionadas.

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Resumo do mercado imobiliário em Santa Catarina

Aqui estão os principais dados para levar com você deste conteúdo.

Qual é o resultado do mercado imobiliário catarinense na metade de 2024?

No primeiro semestre do ano, houve uma valorização no preço médio da venda de imóveis residenciais em Santa Catarina, de acordo com o Índice FipeZAP. Das sete cidades catarinenses analisadas, seis delas valorizaram acima da média brasileira de 3,56%.

Qual cidade catarinense registrou o maior crescimento neste ano?

Itajaí teve um crescimento acumulado de 6,60% entre janeiro e junho de 2024. Isso a coloca no topo das cidades catarinenses que registraram a maior valorização de imóveis residenciais para venda.

Qual é o preço médio do metro quadrado de imóveis residenciais em SC?

O preço varia de R$ 13.259 em Balneário Camboriú até R$ 6.536 em Blumenau. O valor médio é de R$ 9.987 por metro quadrado nas sete cidades analisadas pelo Índice FipeZAP (Balneário Camboriú, Blumenau, Florianópolis, Itajaí, Itapema, Joinville e São José).

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